Mulher das horas

Mulher que em silêncio vem a mim beber dos meus sonhos a doce vontade de viver.

Segura sem hora as mãos de um querer, que eleva a alma ao profundo desejo.

E entra pela porta sem perguntas trazendo na boca nada além de um profundo beijo.

Ensejo de um sentir carnal.

Desejo vinculado a uma ação divinal.

Mulher cujos olhos calmos vivem perguntando a vida o que é viver...

Amar,

Prazer,

Enlouquecer.

Mulher que me faz,

Homem que a óleo de suor desenho,

Vidas oriundas de qualquer hora.

Vem senhora,

Vem menina...Moleca.Me dá a tua alegria, enquanto há forças em nossa fantasia, pois que amanhã pode ser tarde demais.

Não permita que se troque o dia pela noite, pois que te ver...

Fazer amor e te querer, a qualquer momento, me tira da insanidade, me reporta a cidade, que para um homem de idade, ser quem me torno ser, é revelar-se um deus, em pleno gozo da mocidade.

Mulher vem dividir comigo os gemidos.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 25/01/2007
Reeditado em 28/07/2014
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