ARMAGEDOM
Ainda que vésperas da segunda década normal?
Naquele dia, meados da segunda dezena
No mês derradeiro, da metade do ano
Foi visto, um caos fenomenal!
Deu pena... dos transeuntes, naquela horrível cena
De solavanco, foi interrompido o cotidiano...
Arranha-céus ruíram, à energia intrigante
As pessoas sucumbiram ao medo
Muitas, adentraram ao vasto seio do mar
A pandemia coletiva espiritual se fez presente
Ali, todos eram iguais; sem raça, dinheiro ou credo
Mas, ainda sim, existia um fanal; a capacidade de amar, orar e se acalmar!
A únicas posses valiosas, seriam, a vida e o amor à prole... e a Deus!
A razão, a lucidez e a pacificidade deram lugar à histeria, desespero, inércia e a loucura!
As ruas, logo foram pintadas pela cor rubra
Naquele momento, o joio foi separado do trigo, os crentes dos ateus
Não os exacerbados de palavras decoradas, pela sua cisura
Mas, os mansos de espírito; e nobres de coração... chama, que dissipa a penumbra...
As erupções do sol, tornaram-se mortíferas
O Calor! Oh calor! Que calor...
As águas fervilhavam
As mentes alienadas, mais ainda, se mostraram pestíferas
Oh! Como faz falta... o juízo, a bem-aventurança, a bondade, a fé e o amor...
Uma indagação se fez constante: Ah! Se pudéssemos retornar no tempo!... E purificaram...
Àquelas 24 horas, pareciam uma eternidade...
Todo o transtorno, pela cessação da rotação...
A energia resultante, inverteu os poros de Gaia!
Que doravante, correria sua diária volta, em contrariedade
Seu relógio agora, vagava pela via oposta; após a sua supressão
Superada a dor! Uma nova era, se vislumbrou no horizonte dessa praia!...