ll. É na NoiTe... AmoR-AçOiTe... .ll
Eis que tu me tomas,
Sussurras terrores
E fala d'ardores
Que jamais poderei desfrutar...
É na noite
Que teu açoite mais potente
Me faz perder a mente
Por tanto me procurar...
Eis que sou tua escrava
A mais falha, a mais rasa...
Sou tua navalha cega e cansada
Vestida da plúmbea mortalha
Da qual me vestes...
De Noite...
É na noite...
Que me fazes a corte pútrida
Como a mais lúcida
Prova de que me comandas
E de que demandas
Toda a minha devoção...
É na noite...
Nas horas inflamadas,
Nas colchas mais amassadas,
Que me reclamas
Me fazes de puta & dama
E me retalhas a alma a fundo...
É na noite,
Carrasco de meu ser viajante!
Que me cavalgas dominante
E me roubas, por fim, de meu mundo.