Alma Penada!
 
Que vive na corda bamba, insegura.
De noite meu céu, quanta felicidade!
De dia, sigo o caminho da sepultura...
E lágrimas salgadas, torpe realidade.
 
Tatuado, o teu beijo ainda queima.
Na face pudorosa, que não esquece; 
Tua proposta indecente, que teima,
Querendo aflorar e tanto me aquece.
 
Esfrio meu corpo, na lápide  gelada.
Deixo que meus pensamentos voem...
Tento esquecer que sou apaixonada.
 
Levito com o vento, sou alma penada;
Esperando inerte, que os sinos soem...
Quase morta, entre a cruz e a espada!
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 14/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
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