Crussificados

A cada segundo uma dose

Eles dessem sempre ao fundo do poço

Eu queria saber para onde foram todos?

Por onde andarão suas escolhas?

Algumas garotas de olhares assustados

Não há mais nenhum navio ancorado nos seus portos

Muitas seringas... eles as trazem escondidas nas roupas

Espalhando pelas praças seus cheiros de loucos

Sempre chove em suas mentes

São eles inominados chovendo sobre a cidade

Os doidos gotejando nas casas de família

Seu filhinho será um deles ainda

Mendigos ajoelhados não esperam mais

Os rotos e imundos operando preces

O lixo falando profecias aos despossuídos

Os gritos ensurdecendo os becos

Acido de bateria correndo nas veias

Estão perdidos e não precisam ser encontrados

Cristos sem importância crucificados sem audiência

Eu os esqueço

Eu os esqueço.

JANNUS LOBO
Enviado por JANNUS LOBO em 10/03/2012
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