Intersecção...

Sua velhice nada tinha a ver

Entre ele e a sua poesia! Nada!

Escreve versos para dar conta

Da alma surrada pela vida.

A morte nesta hora faz presente, sempre!

Num amigo que se vai,

No pai que lhe deixou

Mas, ainda amando as mulheres

Mesmo no seu leito de morte!

Mulheres! Promessas de versos

Poemas repletos de redondilhas

Esquematizadas ou não pelo poeta.

Ele ainda tão jovem

Resvala com a morte, sempre!

De onde ela surge assim, imprevisível

No meu Eu ou no S EU...

Somos a mesma pessoa...

lá vem a morte...

Mancando com marca do meu nome

Num escrutínio amassado,

Amarelo, ressecado, empoeirado!

Imagem do que fui e ainda sou

Poeta das desventuras

Sentado no banco do destino,

Me vendo passar!