O Médium

Indo a toda velocidade

Pegando um atalho para o inferno

Na contramão da consciência

Com efeito, através dos séculos

Ostentação e emoção

Tornando volátil a glória da humanidade

Mais um grito de morte

Que se perde nos domínios da noite

Mais uma alma atormentada

Engolida pelo limbo do esquecimento

A ausência de horizontes

Trazendo tardios arrependimentos

Nas vozes que perturbam minha paz

Tudo isso é tão indiferente

Aos meus distantes semelhantes

Eles dizem que sou louco

Mas não sabem o que vêem meus olhos

Espíritos trazidos pelas sombras da noite

Fazendo-me rolar pela cama,

Subir pelas paredes

Não tenho escolha,

Não posso fugir de tão distorcida realidade

Enquanto a dor abraça minha alma

Sigo com a tristeza pintando as cores de meus dias

Eles dizem que sou louco

O íncubo da larva do demônio

Porém, não sabem o que vêem meus olhos.

Cego acorrentado a ilusões

A mentira como a esmola de cada dia

Mente perdida em corredores de infinito labirinto

Vozes do além ecoando em minha cabeça

Alma cambaleante, vencida pelo cansaço

Numa batalha sem desfecho

Coração que sucumbe

Numa dimensão onde o maior inimigo do homem

É a própria consciência

Isaque
Enviado por Isaque em 18/01/2007
Reeditado em 29/01/2007
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