É preciso delirar de vez em quando
É preciso delirar de vez em quando
O corte profundo que existe dentro
em nossas calmas,
é o peido fedido que um dia,
será arrotado dentro de alguma casa.
O sono eterno que busca o deprimido,
se morrer não vira esqueleto,
nem mito.
Torna-se o número tal da tal quadra,
do tal jazigo...
Quem sonhou um dia não ser esquecido,
não morra antes,
sem que para si mesmo tenha muito mentido.
Sou poeira varrida por algum gari.
Em qualquer esquina me encontras, por aí.
Não sou michê, não sou prostituta.
Estou disfarçado de gente,
em verdade sou Luta!
Se meu rosto te assusta,
dane-se!
Engula a batuta!
Continuarei cantando,
e mesmo se o som
for melodia triste,
azar o teu;
tudo perde, tudo ganha quem escuta...