EVASIVO
Pra dar boas vindas,
vem chegando o evasivo,
prosperidade sem volta,
volta sem clareza,
recebeste o afeto,
retribuiste desigual,
chegou forte sem dizer,
revelaste poucas coisas,
cercaste tua gente,
entre nuvens e caras,
perguntaram quem era,
já sabiam sem querer,
nos olhos comunicaram,
desabafaram.
Educado às honras,
que bom se mantivessem,
na fé um exemplo,
no homem um ensino,
as folias o gritam,
solicitam tua presença,
que bagunça é esta,
ninguém se entende,
ficam num escuro,
e ainda não se abraçam,
clareza da luz,
é diferente da carne,
se vive no fundo,
e ainda num obscuro,
entendem a sobrevivência,
quando chegam à terra seca.
Lá vem o incerto,
semelhante mudado,
os bravos se prostam,
temorosos rangem,
quem os fazem tremer,
tão certo de que eram,
olha o sem explicação,
não dá a mínima aos outros,
não entenderão!
A quem recorrer,
palavras tem poder,
ah! que voto de bondade;
explicaremos o que não entendem,
que gentileza da nossa parte,
difundimos a compaixão.
Na notícia novidade,
já fica admirado!
Entretirdo.
Por onde andas a consciência,
por onde divertiu-se?
volta logo sem pressa,
te esperam aos berros,
o que juntaste para nós,
vê se nos ajude,
traga ouro e esperança,
traga o eixo que mudou,
queremos acreditar,
que a esfera ainda gira,
entenda o diálogo,
uma vez por favor,
os que falam não escutam,
às vezes estão certos,
os que ouvem, vivem,
remodulam,
estão breves da transferência,
de posições familiares.