DUAS VIDAS

Divida entre o sonho e o real

O abstrato que me toca e o concreto que sufoca

Um sentimento secreto que enleva

Sinto o peso da duplicidade

Festeja minh’alma a pureza

Afasto o momento da decisão

Cruel veredicto

Atenho-me a esperança

Da mais nobre aliança

Dividida em duas vidas

Descompreendida e sem razão

Entregue e absurdamente alheia

Passos mecânicos, movimentos vãos

Embora, vivo como o pulsar do coração

Mergulhada em sonhos enlouqueço

Emersa, toda volúpia dispersa

Mas vivo duas vidas

Onde o real é pura ilusão

E o sonho minha íntegra concretização

Lilia Costa
Enviado por Lilia Costa em 07/02/2012
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