BALADEIRA

De bar de baladas,

De som e cantores,

De vida sem sono,

De poucos amores.

De sonhos vazios

De muitos valores,

De todas incertas,

De justos temores.

De dias tomados,

De ditos prazeres,

De tudo afastada,

De mais afazeres,

De futuro insano,

De choros e dores

De passado chulo,

De falsos haveres.

De fim previsível,

De dó e clamores

De cujus no palco

De restos de eles.