Quando os doces lábios da tristeza tocam minha face...

Beije-me

E me transmuto

Em tintas que vão à tela

Pelas mãos delirantes

Da majestosa Pintora Vaporosa

Imagens extravagantes

Que mancham ao funeral

E as etéreas noivas

Regam o caixão

Com pétalas sussurrantes

De negras rosas

E quando for chegado

A hora de dizer adeus

Eu volto ao

Instante do almejado beijo

Das estatuas mudas pelas eras...

Beije-me

E me transmuto

Em cenas que vão ao um livro

Pelas mãos brilhantes

Da misteriosa Escritora Delirante

Vultos cantantes

Que seguem ao casamento

E as suaves brumas

Levam o teatro

Para trazer o ritual

Com singelos convidados

E quando for chegado

A hora de dizer o esperado sim

Eu volto ao

Instaste do cortejo fúnebre

Para triste lamentar pelas eras...

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 11/01/2007
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