Espelho Vaidoso
A serenidade em eterno repouso
Resoa a tempestade na estranha voz
Aos segredos obscuros pra subjares
Atos extravagantes a colherem máscaras
Traços trágicos sem nenhuma serventia
Onde se afogam os séculos em crepúsculos
A inocência copula com a volúpia
E sangra a tinta que pinta enigmas
Rosas se entrelaçam em místicos braços
A brisa acaricia os pensamentos inertes
Nem todas as lágrimas iluminará o labirinto
Ao longo da travessia fantasmas riem
Árvores marcham rumo ao funeral
E as musas em luto retornam para os túmulos
Instantes vagos, porém estrelas seguem os acasos
Para que ter sempre razão nas rotinas vulgares
Haverá um dia que o tempo se curvará ao amor
Diante de Vênus os sonhos abraçam as possibilidades
E contemplam o nascimento do espelho vaidoso