Espelho Vaidoso

A serenidade em eterno repouso

Resoa a tempestade na estranha voz

Aos segredos obscuros pra subjares

Atos extravagantes a colherem máscaras

Traços trágicos sem nenhuma serventia

Onde se afogam os séculos em crepúsculos

A inocência copula com a volúpia

E sangra a tinta que pinta enigmas

Rosas se entrelaçam em místicos braços

A brisa acaricia os pensamentos inertes

Nem todas as lágrimas iluminará o labirinto

Ao longo da travessia fantasmas riem

Árvores marcham rumo ao funeral

E as musas em luto retornam para os túmulos

Instantes vagos, porém estrelas seguem os acasos

Para que ter sempre razão nas rotinas vulgares

Haverá um dia que o tempo se curvará ao amor

Diante de Vênus os sonhos abraçam as possibilidades

E contemplam o nascimento do espelho vaidoso

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 11/01/2007
Código do texto: T343500
Classificação de conteúdo: seguro