Que tudo em mim grite...
Profetas gritem!
Que gritem todos os profetas que vivem em minha alma.
Poetas gritem!
Que gritem todos os poetas que moram dentro do meu coração.
Loucos berrem!
Que berrem todos os loucos que moram dentro de mim!
Berrem loucos, berrrem, porque gritar não vai lhes bastar.
Não, não basta sonhar.
Não, não basta sorrir.
Não, não basta dançar para extravasar.
Vocês tem que gritarem.
Então, gritem profetas!
Gritem poetas melancólicos!
E berrem loucos desmedidos!
Berrem, que a loucura não tem medida, nem sentido.
A loucura não precisa de sentido.
E a loucura é tudo de que eu tanto preciso.
Pois, que a loucura é o fio de escape para fora desse mundo fútil e vazio.
E a loucura poderá me salvar da dor.
Então, chega de tentar ser um cara normal e de pensar e de fazer como todos fazem.
Vamos, todos nós, que moram dentro de mim: sim, vamos caminhar com loucura e amar sem nenhuma doçura, mas com muita, muita loucura.
Quero ser louco de alma e de coração.
Quero ser louco hoje, amanhã e sempre.
Pois, então que tudo grite dentro de mim, porque eu não quero mais sofrer e não, não quero mais chorar.
E para não mais sofrer e para não mais chorar, louco eu ei de ser.
Sim, um louco muito doido, para sempre eu ei de ser.
Ah, sim, um louco muito doido eu sempre haverei de ser.