Sem arrependimento
Ele me olhou nos olhos,
se aproximava com rapidez,
o vinho o deixava sagaz,
e a minha censura o mantinha
longe outra vez.
Lembro de acordar sem roupa,
com o cabelo bagunçado
e o sapato do lado,
não tinha flores,
lembro apenas das dores.
O homem dos olhos negros
era bem trabalhado e para minha falta
de sorte, sua mulher estava longe
da morte e a realidade,
é que da sua mulher eu
tinha um grande amizade.
Não me arrependo,
e não penso em lamentar,
minha grande amiga,
se enganou, por em mim acreditar.
Já havia avisado que
com vinho, de verdades
tenho trocado, não vou
falar mais nada, me julgaram
como a vingada, pois o homem
da meia noite era apenas meu marido.