Vã Paixão
Nos recôncavos sombrios
Dentro do meu coração
Corre sofrendo os rios
Que choram por vã paixão
Cavalgam rudes cavalos
Selvagem natureza nua à dor
E o vento é tempestuoso em suspiros silenciados
Dor nua que corre nas águas cristalinas do horror
E mudo uivo na agonia
Transpirando a inquietante poesia
Que já percebo perecer como putrefata carne humana
E me consome tal desejo
Que já não sou singelo amante
Mas abutre faminto delirante