ll. Di.VerSo & DúBiO PenSaR .ll

E quando a noite desce

A declinar-se sobre a terra

E a lucidez, enfim, arrefece

É que a guerra acontece

Sob tal manto de fera...

E vêm à tona as feridas traçadas

E palavras dissimuladas assim...

É a poesia escorrendo de mim

A ditar esta di.versidade...

É quando a cidade quieta

Dorme contente e tão certa

De que o Sol surgirá na manhã,

Que, na mesma janela aberta,

Expulso a metade mais sã....

E a noite engole mi'a fúria

Porque cuspo tal semên puro

Pois, o que mais eu procuro

É, por fim, curar-me da dor...

Mas, a injuriosa demência

Que m'acomete de versos

É a mesma inclemência

Dos rigores mais controversos

Que digladiam dentro de mim.

E ainda que os expulse cansada

Num átimo de vã lucidez

Sigo vestida de um nada

Incapaz de revelar minha nudez...

Porque sou alma fadada

A riscar minha estupidez

E vagar pelo nada repleto de mim...

ll PaRaBoLiKa ll
Enviado por ll PaRaBoLiKa ll em 20/12/2011
Reeditado em 20/12/2011
Código do texto: T3398121
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.