ll. Di.VerSo & DúBiO PenSaR .ll
E quando a noite desce
A declinar-se sobre a terra
E a lucidez, enfim, arrefece
É que a guerra acontece
Sob tal manto de fera...
E vêm à tona as feridas traçadas
E palavras dissimuladas assim...
É a poesia escorrendo de mim
A ditar esta di.versidade...
É quando a cidade quieta
Dorme contente e tão certa
De que o Sol surgirá na manhã,
Que, na mesma janela aberta,
Expulso a metade mais sã....
E a noite engole mi'a fúria
Porque cuspo tal semên puro
Pois, o que mais eu procuro
É, por fim, curar-me da dor...
Mas, a injuriosa demência
Que m'acomete de versos
É a mesma inclemência
Dos rigores mais controversos
Que digladiam dentro de mim.
E ainda que os expulse cansada
Num átimo de vã lucidez
Sigo vestida de um nada
Incapaz de revelar minha nudez...
Porque sou alma fadada
A riscar minha estupidez
E vagar pelo nada repleto de mim...