LEITO DE MORTE...
Neste emaranhado de sonhos e pesadelos
Na mão do assassino, a arma brilha, fria
Tristes imagens, desenrolam, qual novelos
Trêmula de medo, na mortal nudez,gemia.
Subjugada, abatida pelo pavor, se entrega
Ele desvirgina-a, percorre seu corpo, ávido
Seu intenso prazer, no gutural grito, nega
Sentindo-a inanimada, invade-a, impávido.
Penetra suas carnes, rasga suas entranhas
Lambendo com avidez, o mel que consome
Instigas o desejo,e torpemente,a assanhas.
Febrilmente, no cio, enlaça-o no braço forte
Aperta-o com loucura, tatuando seu nome
Num cenário bisonho, neste leito de morte.