Explosão artística

queria ser um etonista

mergulhei e me perdi nela

simplesmente ressurgi num manicómio

entre linhas e cores da criatividade

percorre o auge da arte quando na madrugada do futuro

desmontei o pigmento da ilusão

queria ser um futurista

depois de ser o que séria

troquei carícias profundas com as filhas do conhecimento

enquanto no meu eu invocava o futuro Da Vince

dançava coerentemente nas alfandegas alicerçadas

com relevo da textura ébria disputada pelo Picasso

e o grande pintor judeu Amadeo Modigliani

queria ser um surrealista

o querer ser o que não queria

fabricava enquanto no desejo indesejado

erupção vulcânica catastrófica no meu ego

queria ser um contemporâneo

fazer a mística da estética que invoca o Deus da inspiração

inspiração realístico e platónico dando corpo e forma

das coisas secretas que o mundo esconde no orgasmo da arte

entre profundezas do conhecimento sem marco histórico do renascimento

crio na tela e no papel o maior esboço do conhecimento

queria ser um sei lá

neste desejo inconstante e paraquedista

produziu o ser querer ser enquanto ser

o isidronismo outorgado pelos astros

e nisto me tornei num isidronista

Isartene Esunga
Enviado por Isartene Esunga em 17/11/2011
Código do texto: T3341598
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