Explosão artística
queria ser um etonista
mergulhei e me perdi nela
simplesmente ressurgi num manicómio
entre linhas e cores da criatividade
percorre o auge da arte quando na madrugada do futuro
desmontei o pigmento da ilusão
queria ser um futurista
depois de ser o que séria
troquei carícias profundas com as filhas do conhecimento
enquanto no meu eu invocava o futuro Da Vince
dançava coerentemente nas alfandegas alicerçadas
com relevo da textura ébria disputada pelo Picasso
e o grande pintor judeu Amadeo Modigliani
queria ser um surrealista
o querer ser o que não queria
fabricava enquanto no desejo indesejado
erupção vulcânica catastrófica no meu ego
queria ser um contemporâneo
fazer a mística da estética que invoca o Deus da inspiração
inspiração realístico e platónico dando corpo e forma
das coisas secretas que o mundo esconde no orgasmo da arte
entre profundezas do conhecimento sem marco histórico do renascimento
crio na tela e no papel o maior esboço do conhecimento
queria ser um sei lá
neste desejo inconstante e paraquedista
produziu o ser querer ser enquanto ser
o isidronismo outorgado pelos astros
e nisto me tornei num isidronista