Fidelis

Fidelitas...

Tina levemente o sóbrio ponteiro

Rotineiro som em um só presságio

Descortinando tramas;

Entrelaçando histórias;

Sob frondosa árvore, frágil sem raízes.

Fincando teus anseios, as honrosas glórias

Loucos devaneios... falhas fantasias.

Neste chão opaco, estridente, vácuo.

Pendem-se as máscaras do vilão, da legis.

Figura sombria; em herói talhado.

Escultura branda... sorriso vil, latente.

O cinismo louva, personifica a face.

Desnorteia a vida... bússola perdida.

Verá a deriva de um mar revolto.

Tempo... sábio mestre, sóis a tua espera.

O crime, o castigo; já decifrava o artista.

Sorve a descendência, fruto da perfídia.

Eu serei a calma... o solar dos anos.

Palpitas as auroras... clamam por justiça.

Ao cair da noite... na hora do ocaso.

Do teu vinho torpe... brindarei contigo.

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 17/11/2011
Código do texto: T3340677
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