Fidelis
Fidelitas...
Tina levemente o sóbrio ponteiro
Rotineiro som em um só presságio
Descortinando tramas;
Entrelaçando histórias;
Sob frondosa árvore, frágil sem raízes.
Fincando teus anseios, as honrosas glórias
Loucos devaneios... falhas fantasias.
Neste chão opaco, estridente, vácuo.
Pendem-se as máscaras do vilão, da legis.
Figura sombria; em herói talhado.
Escultura branda... sorriso vil, latente.
O cinismo louva, personifica a face.
Desnorteia a vida... bússola perdida.
Verá a deriva de um mar revolto.
Tempo... sábio mestre, sóis a tua espera.
O crime, o castigo; já decifrava o artista.
Sorve a descendência, fruto da perfídia.
Eu serei a calma... o solar dos anos.
Palpitas as auroras... clamam por justiça.
Ao cair da noite... na hora do ocaso.
Do teu vinho torpe... brindarei contigo.