O amor assassino da dama louvada

Caminha solitária a alma renegada

O homem assassino caminha na fria névoa

Em sua face morrida goteja a chuva gélida

E em sua cabeça vive a mente alienada

No escuro, nas entranhas do desconhecido

Tão profundo, nas tripas de seu corpo imundo

Reina a insanidade, o mundo em um mundo

E o remorso é fugaz, como o sangue em seu braço ferido

Ensandecido, mortífero

E não arrependido

Em seu ouvido ecoa o grito da noiva desesperada

Em suas veias ainda corre o ciúme ácido

Seu peito arde, tórrido

Seu instinto assassino mantém sua mente alienada

"Oh, doce anjo da escuridão

Tuas mãos, que um dia curam minha ferida

Hoje param meu coração

Teu cabelo é como véu, e esconde tua face ensandecida

Oh, meu amor de um lindo passado vivido

Minha paixão por ti escoa pelo tempo

Minha vida escoa pelas suas mãos"

Ensandecido, mortífero

E não arrependido

E caminha solitária a alma revoltada

Paixão enciumada, louca, ensandecida

Mente assassina, aquele que mata a dama louvada

E a doce chuva gélida lava a sua alma

(Outubro de 2006)

Wesley El Nino Silva
Enviado por Wesley El Nino Silva em 17/11/2011
Código do texto: T3340278
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