Enterrei aquilo que...
Já errei em te amar um vez
Estou querendo errar outra vez
Mas será que é preciso ter seu coração destruído
Para não se aproximar do perigo que o amor traz consigo?
Palavras negras desenhadas no escuro
Lembranças vivas no cemitério dos medos
Sonhos esquecidos no leito da solidão
Um amor enterrado em meio ao caos e a destruição
Comecei a desistir de tudo
Quando senti meu corpo morrer
Cavei tão fundo, tão fundo...
Que acabei perdido em mim
Chorei as lágrimas que não mais tinha
Limpei o sangue que não derramei
Julguei certo o meu erro de morte
E fiz promessas em nome da dor
Derramei sangue nos teus braços
Para então te fazer provar do meu ser
Engoliste do verbo o ser profano
E renegaste o vinho do seu senhor
Agora paga a honra do pecado
Se vestiu com o manto da morte
Para do meu amor escapar
Entrego teu nome ao inferno, para de lá não voltar
E do orgulho que trago no peito
Escravizo o anseio em dor
Nas caladas das noites minguantes
Enterrei aquilo que,
certo dia chamei de amor...