Triste fim
Quanto tempo se passou? Quantas vezes aconteceram? Quando?
Sem historia. Passado apagado. Foi um erro mal calculado. No desespero tudo aconteceu. Quantas pessoas envolvidas? Quanta historia sem fim? Quando? Me pergunto outra vez.
Será um presente sem futuro
Um futuro sem certeza
Me pergunto porque
Porque naquela noite
Eu sair de casa
Porque naquela noite
Tive que correr
Por que... Por que... Por que...
Me pergunto por que você foi ao meu encontro
Porque ficou ao meu lado
Por que... Por que...
Mais eu sei a resposta e dela tenho medo
Você sempre esteve ali
Você sempre me socorreu
Você sempre me acolheu
Anos e meu passado me persegue
Minhas memórias me atormentam
Meu presente é só medo...
Ouço sussurros pelos cantos
Ouço gritando meu nome, me acusado
Todos reféns, todos me olhados.
Ele me encara e pergunta por quê
Eu não sei a resposta.
Um tiro dispara e alguém cai no chão.
Por quê? Ele pergunta de novo.
Não sei, não sei, aconteceu, me perdoa.
Os gritos dos outros são assustadores, eles me olham sem entender, olha pra ele querendo saber, eles desejam sair daí, querem suas famílias, eles se perguntam o que aconteceu, porque saíram de casa. Só sabem de uma coisa... A culpa é minha.
Outro disparo e mais outro e outro, são muitos e todos vão caindo aos meus pés, sangue espalhado por todos os lados. Ele me olha. Lembre-se: a culpa é sua. E em um ultimo disparo, ele se mata, caio no chão, ouço barulho, sirenes, alguém me toca, diz que ta tudo bem, mais não está. É culpa minha, somente minha, sou sedada, levada inconsciente, quando acordo em uma cama de hospital a cena retorna, gritos, rostos desconhecidos me acusam. Minha culpa, minha culpa. Eu não estou louca, ninguém mais os vê, porém eles não querem ser vistos, eles me perseguem a todo o momento....
Ele me amava, ele cuidava de mim e em um ato sem pensar eu o trair, todos aquelas pessoas mortas por minha causa, todas aquelas famílias ficada para trás, tudo. O tempo passou mais ainda sou atormentada por aquelas palavras, por aqueles rostos...
Não tenho alternativa, aqueles olhos me atormentam demais. Eles vieram me buscar, dessa vez não tenho escapatória. Toco na arma que comprei a tempo, eles sorrirem pra mim.
Continue. Eles gritam.
Não tenho coragem. Eles estão com raiva, eu preciso me juntar a eles, eles me forçam, me cercam. Uma luz esta próxima, não sei o que tem no fim, sinto medo, muito medo, preciso acabar com isso. Então... O vejo, ele sorrir vitorioso, estende sua mão para mim, não quero acompanhá-lo mais ele me espera, como antes, sempre ao meu lado. Crio coragem e o ultimo barulho que meus ouvidos ouvem é um disparo...