A Bola

A Bola

Olhei o lado escuro da lua

Encontrei uma fogueira, um cavalo, e um cavaleiro

Não se tinha pergunta, pois não tinha resposta

E lá em baixo, na terra, um poeta morto

Que sabia a única pergunta e a única resposta

Por que do tal cavaleiro?

E li o seu livro das ilusões em séculos

E aprendi a não mais se aprender, mas imaginar

E no primeiro bar, fui me embriagar!

Bebi noites e dias com um louco que dizia:

“A lua não é de ninguém

Só pertence à imaginação de todos

E se der um jeitinho de ir lá

Verá que não passa de uma bola rochosa

Sem vaidade, sem vida, sem luz, e sem bar

Mas se não tiver nada a fazer ou dizer

Seja lunático e creia que lá mora a tua alma apaixonada

Sem razão e sem corpo, e sem ciência e sem luz

Ou sem qualquer coisa que nunca imaginamos

Tércio Monsores
Enviado por Tércio Monsores em 23/10/2011
Código do texto: T3292693