SUICIDA

SUICIDA

Há uma inspiração do nada

Que me ama com ódio mortal.

Sou uma molécula sem átomos em camada

Desprezando as âmbulas purulentas

Em um analfabetismo da crendice social

... Um espirro, humilhado nas políticas sonolentas.

Sou um cão dos céus...

Solto e morto naquilo que presencio

Um canibal de livros e de visões inexploradas

Nessa terra onde todos são réus

Minha torta mente torpe evidencio...

Seres humanos em atitudes desesperadas.

Ocíduo acusador de cleros sodômicos

Assíduo debatedor de temas astronômicos

Resíduo dos gozos dos azedumes cômicos

Divíduo por cotas de abjetos planos econômicos

Individuo liberto das vulgaridades,... Dos belos corpos anatômicos.

Não sei o que aqui vem fazer,...

Oh! Quão árdua é a missão de sobreviver

Quero me ir, para qualquer lugar partir.

Estou cansado de me cansar,...

Com os que não querem se enxergar.

Quiçá seja eu tão defeituoso que me arrogo prodigioso

Uma flor brotada em solo tórrido,...

Ou, um pútrido nascido num cosmo feérico.

Elucida-se em meu talento um suicídio sórdido

E não quererei nenhum DNA meu, tornar-se genérico.

Quero conhecer meus demônios irmãos de outras dimensões

Explorar meus outros neurônios pagãos estagnados em isenções.

Quero sucumbir nos meus conceitos e banir todos os preconceitos

Quero odiar quem me amou e torturar quem me desprezou

Quero que eles vivam,... Uma eternidade de dor,...

E que vomitem suas imperícias na inabilidade de uma vida de ator.

Alguém entende o que escrevo?!

Mudar-me não me atrevo,...

Sou conseqüência de deuses inconvenientes

Que são inconseqüentes na sua auto-suficiência.

Plagio macabro de uma raça que já há muito foi extinta

Contagio do descalabro da cachaça,... Pedagoga faminta.

E a modorra turbulenta faz-me inconsútil

... Sou um tóxico fútil...

Com uma seiva tão bizarra, quanto rara.

Pele e esqueleto, mixórdia de tudo que é obsoleto...

Tripas em órgãos em desunião

E com um cérebro, ainda em expansão.

Já disse uma vez:

Dê-me um remédio para minha cabeça parar de pensar!!!

Pois ela,... Quem saiba vai me matar.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 19/10/2011
Código do texto: T3286404
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