Poema da saudade

Desatino na poesia matinal
Que me rompe a entranha
Só porque me acostumei com você.
Desafino esse madrigal silencioso
Feito um choro que incide
Só porque já não sabe caber...

Sua ausência é uma penitência lírica
Que faz minha Alma gemer!
A espera é um tipo de ilha mítica
Ao alcance somente dos lábios
Que já sabem as derivas do prazer...

Desalinho os pensamentos nessa manhã de saudade.

Desatino as palavras feito um pirata do caos
Que perdeu a consciência dos trópicos.

Sei que a nóia da solidão é pura perplexidade
E para falar a verdade:
- Quero mais rum, ilusão, lembrança, qualquer ópio...


Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 14/10/2011
Reeditado em 18/10/2011
Código do texto: T3275569
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