ll. A LouCuRa .ll
Estou doente
Pelo rumo perdido
Demente
Pelo verbo incontido
Que borbulha
Dentro de mim...
É como veneno doce,
Como se bebida fosse
A embriagar-me de versos...
Carrego horas insones
E fósseis escondidos,
Sou nomes malditos
E irrestrita perturbação...
Fervilham em mim
Estrofes baças
Tal trincadas vidraças
Por onde olho pro mundo...
E em toda a parte
Que pouso tais olhos confusos
Observo mais versos difusos
Loucos para morarem em mim...
E viver desta forma
Sorvendo tal ímpeto que aflora
A todo ato de percepção
É amarrar-se à alma que conforma
Toda espécie de vil aflição...
É celebrar a liberdade
Ou respirar a triste insanidade
Que muitos não ousam aceitar
É viver atenta à disparidade
Que há em sempre atentar...
É ser antena,
Ora parva cantilena
Ora alegria sem par...
________________Ousar captar...