ll. A LouCuRa .ll

Estou doente

Pelo rumo perdido

Demente

Pelo verbo incontido

Que borbulha

Dentro de mim...

É como veneno doce,

Como se bebida fosse

A embriagar-me de versos...

Carrego horas insones

E fósseis escondidos,

Sou nomes malditos

E irrestrita perturbação...

Fervilham em mim

Estrofes baças

Tal trincadas vidraças

Por onde olho pro mundo...

E em toda a parte

Que pouso tais olhos confusos

Observo mais versos difusos

Loucos para morarem em mim...

E viver desta forma

Sorvendo tal ímpeto que aflora

A todo ato de percepção

É amarrar-se à alma que conforma

Toda espécie de vil aflição...

É celebrar a liberdade

Ou respirar a triste insanidade

Que muitos não ousam aceitar

É viver atenta à disparidade

Que há em sempre atentar...

É ser antena,

Ora parva cantilena

Ora alegria sem par...

________________Ousar captar...

ll PaRaBoLiKa ll
Enviado por ll PaRaBoLiKa ll em 12/10/2011
Código do texto: T3272984
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