Salomé
Para de olhá-la por entre esses cabelos,
traiçoeiros como serpentes e homens,
entregue a uma prisão maior que o mundo.
Essa lua meio escura, ilumina por pouco tempo,
os rochedos que escondem o que não se entende
nem no passado nem no presente,
já a muito apartado do corpo,
vivente por um capricho do céu.
Ela tem de morrer.
Inferno.
Quem está do outro lado dessas grades,
e é verdadeiramente o prisioneiro?