Camaleoa....
Enigmática às vezes,
Divertida quando no fundo estou triste...
Séria e zen quando as coisas fluem bem.
Mais o meu natural mesmo é não ser normal.
Meus pés criam asas do nada...
Tenho asas invisíveis que só eu sei.
Só eu sei o tamanho,
Só eu sei o preço que eu pago, só eu sei.
Essa cocaína que naturalmente exalo...
É de mim, mora nas entranhas
Das estranhezas de minha alma.
Alma sincera, quando maliciosa, camaleoa.
Minha cor não tem cor definida,
Todas as mulheres moram em mim.
Às vezes inflama e bum, explode...
Sou paixão, terreno perigoso...
Contramão para os indecisos e logo aviso!
Não ouse entrar sem total asserção.
Figo viçoso,
Flor de espinho,
Vinho sozinho,
Carinho sem ninho.
Destino sem direção.
Não tenho certeza de muitas certezas,
Quimera, sorriso, fada...
Atmosfera sem muito sentido,
Primavera fora de época,
Triste sem preconceito de ser...
Idealista sem inquisição,
Nômade com endereço certo.
Espelho, espelho meu...
Quem de verdade, sou eu?
Uma fulana,
Uma sicrana
Ou uma beltrana.
No fundo, no fundo,
Quero morrer sem saber
Vai perder a graça,
A graça dos meus traços...
Eles escorrem e saem sem medo por aí,
Sem lei, invisível, indomável.
Girando, cantando, sorrindo...
Chorando, chorando, chorando,
Esperando, desejando, possuindo...
Em chamas.
Liberta sem trama, sem máscara.
Só com um sorriso largo, seja feliz ou triste,
Meu verdadeiro estado.