Não faço Idéia do que é Isto.

Sou um cretino viciado em poesias de amor

Cheirando paginas de livros velhos

Pelo prazer do aroma da poeira

Fervilhando no meus miolos

Soltos e frouxos como fios de macarrão.

Injetando tinta vermelha,

Direto no coração

e lendo livros de magia,

de fantasia e histórias de terror.

Talvez eu não passe de um horror.

Marinheiro de primeira viagem

Sem a menor criatividade

Para chegar aos pés dos grandes.

E meus ídolos fazem sonetos de motéis

Vadias velhas e damas gordas

Quem sabe eu não esteja louca

Mas ler e assistir Naked Lunck

Me deixou em xeque.

À ver navios e compor assobios

Na quinta de Beethoven

Sem saber escrever direito.

A maquina de escrever virou um inseto..........!!

Absurdo.

Insetos não podem escrever

Jamais teriam a demência que tenho

E falariam sobre verões e invernos

Vida calma e pés gigantes.

Sou um pouco mais delirante.

Batendo os dedos nas malditas teclas

Como se fossem gatilhos contra os opositores.

Suando e ficando afoita

Com cada nova frase de psicodelia

Como se entendesse algo sobre alegria

Se não whisky e cigarros caros.

Bem, acabou o gás.

E saio como cheguei.

As mãos nas orelhas e olhos no nariz.

Sem a minima idéia do que fiz

Sabendo apenas que em cada linha

de pura falta de sentido e um tanto de demencia

Estão coisas dos meus neurônios

E talvez um pouco da minha essência.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 05/10/2011
Reeditado em 05/10/2011
Código do texto: T3259378