Guilhotina de papel

Guilhotina de papel,

Polígrafo de insanidades

Psicografe as psicopatias

Amorais

Astênicas

Explosivas

Necrófilas enrustidas

Fanáticas

Hipertímicas, todas tísicas,

Assassinas unidas numa arritmia cerebral

Engendrando carismas homicidas

Essas sim!

Guilhotinas do metal,

Mastigando as gengivas do sorriso

Degustando as feridas do caminho

Como um serrote de vidas indigentes

Ávidas por uma taça de placenta bem quentinha

Guilhotina de papel,

Que se foda a porra do seu mel

Eu te quero vertendo o fel

Percorrendo descaminhos

Esses descompassos evasivos

Dançando o macabro

Espalhando gametas em cometas

Rendendo graças ao vil

Que nos observa em densas nuvens

e comprime as névoas num estranho sorriso de Ted Bundy....