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Que sucumbi pelas mil pragas
Que lançaram CONTRA mim
_____________________eu sei!
Que fraquejei às mil moedas
Que ofereceram CONTRA mim
_____________________eu fraquejei...
Que sorri co'as mil falsas faces
AGORA juntas, em coro, CONTRA mim
_____________________agora eu sei...
Que posso eu contra este meu mundo?
Que posso eu contra o peso das mil feras
Que guardo em mim?
Mil bocas dizem do meu mal,
Mil pregos querem nos meus pulsos,
Insultos, tantos... muitos, talvez mil!
Querem meus olhos...
Meus desgraçados olhos claros...
Querem o mel raro de meus lábios,
E fazem morte de meus sonhos,
Vestem-me de palha seca,
Espetam foices... grasnadores negros...
Gritam meus segredos
E choram minhas risadas
Por que me sabem.
Eles-todos-tantos-eu
Sustêm... detêm...
E ainda que me poupe do vento
Ainda que guarde o motivo
Daquela falha banal
Ainda assim serei acusada
Condenada pela imensidão de olhos
Teia de mil ferrolhos a me conter...
Dor, riso, ira, calmaria
Tanta iguaria nova
Para um prato tão pequeno...
Tanto pranto sereno
Tanta dor risonha...
E se cumpre a cena
A desmedida plena
Que ConVuLcioNa
Dentro de mim.