Calendário em branco
Já não conto os dias
os meus dias estão contados.
Eu sei que ela me observa,
seu sorriso sombrio inigualável...
Naquela esquina?!
Aquele carro!?
Toda hora é despedida...
Cada tremor involuntário
do frio que sopra rua afora,
é o sangue que agora pulsa,
é o mesmo sangue que mancha a rua.
Na morte certa,
certamente a minha,
ou quem sabe, a sua?!
Não durmo de olhos fechados
e não conto os dias,
os meus dias estão contados!