BALADA DA MORTE

BALADA DA MORTE

Ei-la sorrateira, capuz atrevido

Venha a mim, oh! Imunda face fúnebre

Dança o cântico do fim

Jorre tua febre

Desnuda teu ventre esquelético

Ora teu grunhido

Revelando o quão infértil é

A tua sequidão de fé

Anti-ser antiestético,... Séptico.

Filha de um deus demoníaco

Foice em riste,... Chiste

Mas sem ritmo cardíaco

Flutua pacientemente sereno

Para destilar teu purulento veneno

Filha consorte da tua sorte morte

Vórtice de um céu fecundo de fel.

Oh!!! Rainha das profundezas do horror

Nauseabundo ente atroz

Lacraia do esgoto do desgosto

Volte de onde veio aliveloz

- O teu mundo sem senhor.

O teu mal benquisto

Não há de prosperar

No filho do Cristo.

Vou te liquidar!!!

Tão certo quanto perto

De ti, um dia vou estar.

Ah! Como rirei quando te salvar

Torturar-te-ei com amor

Quero ver a tua cara gosmenta

Arder como pimenta

E de tua expressão inexpressiva

Brotar-se-á a dor

E, de tua reles vida vulgar

Tornar-se-á cativa.

Oh! Rameira sem amante

Caveira dissonante

Venha viver na minha Terra querida

E perecerá com uma bala perdida

Verás, que a morte aqui... Já é repugnante.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 23/09/2011
Código do texto: T3235692
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