Tormentas...
Era inverno e chovia, e pela janela eu nada via,
Mergulhado, atormentado, perturbado, eu lia,
Aqueles versos de horror, agradavam-me, traziam dor,
Tocou-me o peito um desejo... um desejo de terror...
Carmélia, tão bela, tão morta...
Tão viva... não... corria...
Eram as horas que avançavam, e meu peito que ardia...
De uma dor...
Os livros eu larguei, era tudo inusitado,
Eu pensei: "Isso é obra, de um homem... Espírito perturbado..."
Andei, cansei, voltei...
O desejo de ardor, meu Deus, sentia a sua dor...