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Olha-me

Repensa a tarefa de amar-me

[dolorida, vasta, pesada...]

Pondera-me

Sou a castidade sonhada,

A divindade-CeTiM

Sou o máximo de mim

Sobre o esplendor de ti...

Sopesa-me

Pois sou o contrapeso

Da tua pouca densidade...

Deixaste uma marca

No signo que deixei

Em ti...

Analisa-me!

Vê meu desenho

Encoberto pela fumaça

Torpe do desejo vão...

Sabes!

Sou contramão,

Revolução...

Sabes!

Sou invasão,

Desapego, devassidão...

Não há jaula

Para pássaro tão imenso...

Nem há pretenso domador...

Sente a amável dor

Do meu risco forjado

Em tua pele sumarenta...

Guarda,

Sou tua escrita perversa

Tua lira-LaBaReDa...

Fui tua melhor vereda

A controvérsia

Da tua exiguidade natural...

Se do pó que me forma

Posso esboçar um desenho

Bastante a tua luxúria

É co'o mesmo pó

Que me empenho

Em desdenhar tua incúria...

Sobra para ti

Um sopro meu...

Este... de indiferença...

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 14/09/2011
Reeditado em 14/09/2011
Código do texto: T3219113
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