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E tu me pensas grande

Quando ínfima eu sou...

E tu me tens gigante

Quando habito em Liliput...

Que mais desejas de mim?

E não te basta qu'eu seja forte

Quando a hora é de lamento?

Não é bastante qu' eu sorria

Cheia de navalhas nos olhos?

Já me enchi de teus devaneios

Ainda não tenho meu norte

E sou criança sem leito;

Sem estória de dormir...

Não é bastante minha tristeza?

Que mais queres de mim?

Queres minhas poesias infantes,

Meus olhos faiscantes

E meu desejo carmim?

Queres minha fortaleza,

Minha beleza sem fim

E todo meu fôlego sensual...

Digo, homem, já és banal

Em minha vida...

E não há guarida

Para a diminuta aventura

Que és em minha história...

És um retrato momentâneo

E nada mais sinto por ti

Mata-me em teus devaneios...

Pois, amor jamais senti...

Foste A V E N T U R A*.

________

* Para E.

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 13/09/2011
Código do texto: T3216674
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