Fortalezas imaginárias
Doces palavras você pronunciou,
Enchendo o meu coração de paixão,
Que como um rio caudaloso transborda,
Pelas margens da ilusão.
Retratos amarelados pelo tempo,
Comprovam o passar dos dias,
Dentro deste convento,
Edificado no vazio do meu interior.
As fortalezas imaginárias que nos cercam,
Impelem qualquer palavra de bom agrado,
Que possa vir a ser proferida,
Ao receptor a ela endereçado.
Barreiras ilusórias nos limitam,
E prendem ferozmente o sentimento,
Sufocado-o como a brisa da manhã,
Tímida a soprar no alvorecer.