Antigo Amigo
Hoje eu voltei pra Casa.
Voltei num Ônibus não muito lotado.
Aquele Cansaço que a qualquer um arrasa.
O Sorriso verdadeido do Derrotado.
Sentei-me num Banco singular,
O Único sem ser incomodado.
Mas Surpresas hei de encontrar,
Do novo Passageiro convidado.
Era um velho Amigo,
Com seu novo Sorriso antigo.
Sentou-se à minha Esquerda.
E sem falar nada,
Contou-me sobre sua Espada,
E contei-lhe sobre minha Perda.
Hora essa que me olhou,
Sem os Olhos na Face;
Com Sorriso me contou,
Que chegara o Impasse,
Que ele tanto esperou.
E contou sobre o Sangue derramado;
Contou com seu Texto atirado;
De um Amor que o contagiou.
Mas então lhe apresentei Razão.
Apresentei marcas do Coração.
E foi mesmo assim,
Que ele sorriu pra mim,
Sem demonstrar Hesitação.
Pois então me disse,
Para esquecer minhas Crendíces,
As quais ele tanto confiou.
Pois da Espada, o Ferro,
Construirás o que espero;
E do Sangue derramado,
Crescerá uma Rosa no Gramado;
No Coração os Olhos não contidos.
Os mais belos Romances...
Nascem de Corações Partidos.