Morra!

Você não cansa de me dizer o quanto o amor é ridículo

Dispensável, trivial...

Não me interessa, não vou lhe dar ouvidos

Dispenso os toques gelados de seus lábios secos

Vamos, morra!

Corte aqui, aperte aqui

Use a força, vamos!

Não tenha medo, dispa-se de vaidades

É a liberdade!

Vamos, morra!

Morra em mim, por mim, para mim

Morra para que eu aprenda o que você tanto insiste em ensinar

Morra enquanto eu assisto

Sorria, desfaleça, eu insisto

Vamos, morra!

Morra sem palavras, sem dignidade

Em silêncio...

Mas faça-o enquanto morre

Faça-o na untuosidade do sangue

Vamos, morra!

Dissolva-te, derrama-te

Morra para encher-se da vida que lhe falta

Goze a vida, em frêmitos...

Olhe os cortes, eles dizem por si...

Vamos, morra!

Morra, somente...

Mais nada.

Silencio. Morra.

WsCaldas
Enviado por WsCaldas em 21/08/2011
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