Homem de papel
No papel sou qualquer um,
Qualquer coisa
E tenho qualquer voz.
Pertenço a qualquer lugar,
Em qualquer época
E ultrapasso os limites da lógica.
Com o poder das palavras
Transfiguro-me
No que eu almejar.
E assim, já nem sei mais
O que é real ou irreal.
Só sei que eu me perdi
Ao encontrar as palavras.