Sina
Havia um garoto que gostava de sonhar,
Brincava de carrinho e corria sem parar.
Os galhos d’uma árvore eram os refúgios teus,
Seus sonhos só cresciam, ele mesmo prometeu:
Que um dia saberia alcançar
O céu e as estrelas, sem ninguém incomodar;
Enquanto ele sonhava lá em cima,
Pensava que essa era sua sina.
Diante dos pecados d’uma vida de horror,
Esqueceu dos seus sonhos e jamais voltou
A ter uma esperança ou conhecer o seu saber
Sabia que de nada valeria entender:
E um dia uma estrela alcançou
Seus medos, seus segredos, tudo aquilo que guardou.
Enquanto ele olhava lá p’ra cima,
Acreditava que essa era sua sina.
Havia um garoto que queria se salvar
Pensava na coragem e no pássaro a voar.
Lembrou da sua vida de ilusões
De todas as mentiras que acabavam em perdões.
Deixou de lado a sua euforia
E um passo deu a frente pra saltar.
Respirou o mais forte que podia
E livre ele tentava se enxergar!
E enquanto ele olhava lá de cima,
Lembrou que essa era sua sina.
A morte o abraçou com tanto amor...
Não mais voltou.