Mãos

Mãos

Delasnieve Daspet

São tao pequenas.

Tão tímidas.

Escondidas nas nossas sombras...

Na volúpia dos corpos

trêmula acaricia

com dedos de veludo

as tuas mãos...

E num crescente,

( num bolero de Ravel ),

mão tão salientes,

- já não reconheço! -

Com fantasia,

com sede e fome,

uma serpente

te busca louca!

Ah! mãos!

Minhas mãos...

Tuas mãos...

Já foram inocentes!

Agora indecentes,

se apertam,

se abraçam,

se unem,

se amam,

com fascinio e frenesi!

Mãos nuas,

loucas,

ardentes,

gotas de desejo,

que acariciam,

beijam,

tocam,

sentem,

Nos amamos assim...

15,58 hs de 03/12/2001- Campo Grande MS

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 11/12/2006
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