Paul Cézanne atormentado como eu! ( segunda parte)

Verás Cézanne alegre como artista,

quando meu sonho encantar sua vista,

sabe por que maldito!

É que do bardo surge o amor, lançado

se for em versos é áspero o ar do prado...

vibra a lira sem mito!

Morra que eu vivo, morra! morra!...

poeta eu faço milagres vai concorra

tem espaçoso lugar!

Brilhe! faça-me feliz no compêndio;

sou teu fardo...jamais sepulte e o incêndio

nalma não passarás!

demônio,

Eu sou tua eternidade: a sepultura

sem lápide o soneto que sussurra,

sem flor sofra comigo,

sou este poema tosco, mal feito,

quase incompreensível se és tu um leito,

essência sem jazigo.

claudio maia
Enviado por claudio maia em 06/08/2011
Reeditado em 16/08/2011
Código do texto: T3142772