Os anjos não sabem que sou um marmanjo
os arcanjos não sabem do meu arranjo
os querubins não sabem nada de mim
e os serafins estão afim do meu fim...
entretanto,de tanto sonhar neste recanto
o meu canto tornou-se um espantalho
do palhaço de mim
que procura o seu atalho
enrolado numa colcha de retalho....
e,
as águas continuam as mesmas mágoas
e o fogo é meu sonho devorador
que o vento logo espalha em cinzas
onde uma terra cinzenta logo me aterra...
doravante,
os atalhos que o menino procura
é só mais uma louca aventura
daqueles loucos sonhos retalhados
e encobertos pela colcha de retalhos
que o menino bem esperto se agasalha
e a transforma em sua mortalha
e o seu casulo de proteção
de seu frágil coração....
entretanto,
sou um pássaro mutante
a imitar cada instante
borboletas galopantes
que não voam
que não sonham
mas se libertam numa explosão estonteante
e se manifestam em vivas cores berrantes
perante o louco universo amarelado
de Vincent Van Gogh
e no entanto,
o peregrino que procura seu destino
fantasiado de levado menino
sonha pelos caminhos trilhados
enrolado numa colcha de retalhos
e confunde alhos e bugalhos....
portanto,
as borboletas não voam e nem sonham...
e quanto muito, simplesmente flanam
e zoam
no arrebol de meus sonhos
e zombam
desses sonhos bisonhos e bizarros
que todas as manhãs eu agarro
e os devolvo em forma de pigarro
que me transforma em prisioneiro de mim
e das misteriosas montanhas de Minas...
afinal,
as borboletas não voam e nem sonham...
elas apenas zoam de mim
e zoando dão cores sem fim
aos meus sonhos alados...
29/07/2011, ouvindo Canção Agalopada,com Zé Ramalho
Pintura, Noite Estrelada, 1889, do pintor Vincente Van Gogh
os arcanjos não sabem do meu arranjo
os querubins não sabem nada de mim
e os serafins estão afim do meu fim...
entretanto,de tanto sonhar neste recanto
o meu canto tornou-se um espantalho
do palhaço de mim
que procura o seu atalho
enrolado numa colcha de retalho....
e,
as águas continuam as mesmas mágoas
e o fogo é meu sonho devorador
que o vento logo espalha em cinzas
onde uma terra cinzenta logo me aterra...
doravante,
os atalhos que o menino procura
é só mais uma louca aventura
daqueles loucos sonhos retalhados
e encobertos pela colcha de retalhos
que o menino bem esperto se agasalha
e a transforma em sua mortalha
e o seu casulo de proteção
de seu frágil coração....
entretanto,
sou um pássaro mutante
a imitar cada instante
borboletas galopantes
que não voam
que não sonham
mas se libertam numa explosão estonteante
e se manifestam em vivas cores berrantes
perante o louco universo amarelado
de Vincent Van Gogh
e no entanto,
o peregrino que procura seu destino
fantasiado de levado menino
sonha pelos caminhos trilhados
enrolado numa colcha de retalhos
e confunde alhos e bugalhos....
portanto,
as borboletas não voam e nem sonham...
e quanto muito, simplesmente flanam
e zoam
no arrebol de meus sonhos
e zombam
desses sonhos bisonhos e bizarros
que todas as manhãs eu agarro
e os devolvo em forma de pigarro
que me transforma em prisioneiro de mim
e das misteriosas montanhas de Minas...
afinal,
as borboletas não voam e nem sonham...
elas apenas zoam de mim
e zoando dão cores sem fim
aos meus sonhos alados...
29/07/2011, ouvindo Canção Agalopada,com Zé Ramalho
Pintura, Noite Estrelada, 1889, do pintor Vincente Van Gogh