O sistema
Mui respeitosamente traçaram as regras
Os que negociam,
Exploram, desviam
E unidos, sonegam
Permutam com a mídia
Que enfraquecida embaralha as cartas
Criam factóides para os debilóides
Do vídeo ao tablóide em cortinas de fumaça
Básicos taxados, preços exagerados
O hábito banaliza
Juros extorsivos, lucros explosivos
Que em um festim danado brindam e regozijam
E a platéia calma que paga com a alma
Com sangue e suor
Aceita essas regras porque está às cegas
E os valores em pó
É que lhes impuseram interesses outros para distrair
Diversões vendidas
Com toque de Midas
Arte de iludir
E os conglomerados, holdings e estados
Ditam ainda mais
O que os vendidos devem fazer como testas de ferro
Para gozar muito mais
Bandeiras e idéias que lhes contrariem
Soam estranhas ao serem expressas
E as hordas amestradas estigmatizam com tamanha pressa
Que bizarras e anacrônicas se calam frustradas como lhes interessa