Saudades do que nunca foi
Respirando ofegante saia pelos poros de minha pele
A quase vaga não sensação de que permanecia sempre
Nos mesmos claros e vagos vestígios de um paraíso
Que beiravam em tom humorístico, rindo;
Cara amarrada, de minhas epilepsias nervosas, doloridas;
Não importaria talvez acomodar todos os desejos
Calmamente liderados pelos dragões cuspindo fogo
Pelas sereias que voavam em busca da terra perdidas
Ah sim! Eu estou tão cansada da sensação de não escrever
Quero plenitudes mais vastas que essas
Jogar-te na cama ferozmente te cuspindo, te humilhando;
Para ter a certeza que de novo não me deixaria
Sozinha com minhas taças de vinho tinto sem gosto
Mais que isso, era mais, queria a sua carne inteira;
Precisava arrancar sua alma e prendê-la comigo
Sugando em vingança todo seu sangue quase vermelho
Mentira eu sou tão doce como a primeira bala chupada
Não arriscaria tocar-lhe sem proveniências
Não me limitaria a gestos tão bêbados
Mas também não tinha culpa se esses eram meus sonhos
De fumar um cigarro e deitar no chão frio para te esquentar
Quando acordei já era alta a noite na madrugada
Percebi que depois da primeira realidade
Batida fortemente na cara, eu já não chorava;
Já descobrira sozinha, os embrutecimentos dos acontecimentos;
E me expandia, queria mais que a meninice de um moleque.
Era mulher, e você continuava com suas estrelas;
Das frases de histórias de heróis e princesas
Depois de me descobrir mais forte, levantei;
Lavei-me o rosto, e sorri para o espelho;
Enfim adormeci, sonhei, e acordei mais límpida.