Saudades do que nunca foi

Respirando ofegante saia pelos poros de minha pele

A quase vaga não sensação de que permanecia sempre

Nos mesmos claros e vagos vestígios de um paraíso

Que beiravam em tom humorístico, rindo;

Cara amarrada, de minhas epilepsias nervosas, doloridas;

Não importaria talvez acomodar todos os desejos

Calmamente liderados pelos dragões cuspindo fogo

Pelas sereias que voavam em busca da terra perdidas

Ah sim! Eu estou tão cansada da sensação de não escrever

Quero plenitudes mais vastas que essas

Jogar-te na cama ferozmente te cuspindo, te humilhando;

Para ter a certeza que de novo não me deixaria

Sozinha com minhas taças de vinho tinto sem gosto

Mais que isso, era mais, queria a sua carne inteira;

Precisava arrancar sua alma e prendê-la comigo

Sugando em vingança todo seu sangue quase vermelho

Mentira eu sou tão doce como a primeira bala chupada

Não arriscaria tocar-lhe sem proveniências

Não me limitaria a gestos tão bêbados

Mas também não tinha culpa se esses eram meus sonhos

De fumar um cigarro e deitar no chão frio para te esquentar

Quando acordei já era alta a noite na madrugada

Percebi que depois da primeira realidade

Batida fortemente na cara, eu já não chorava;

Já descobrira sozinha, os embrutecimentos dos acontecimentos;

E me expandia, queria mais que a meninice de um moleque.

Era mulher, e você continuava com suas estrelas;

Das frases de histórias de heróis e princesas

Depois de me descobrir mais forte, levantei;

Lavei-me o rosto, e sorri para o espelho;

Enfim adormeci, sonhei, e acordei mais límpida.

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 08/12/2006
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