HÍBRIDO DE ORIGINAL ROBÓTICO

H Í B R I D O D E O R I G I N A L R O B Ó B I T O

Minha estória é autêntica

Quero mostrar a verdade

Fácil! Não vale a pena mentir

Que era enxerto se tornou original

Um pouco real, quase humano

Não respira oxigênio, mas CO2

Também não é protótipo de robô

Destila plasma de hidretos

Processa clorofila em isopor

Um humanóide híbrido e desidratado

Como explicar que venho de um mundo paralelo?

Sou capaz de vergar uma liga de aço

Mas não percebo o sentido do tato

Já fui valentão, hoje conto história

Sou maleável, falta-me pujança

Já fui escravo, mas senhor de mim

De mensageiro, retrocedi...

Estou predestinado a vagar

Repito as mesmas frases sem sentido

Não faço mais que reeditar jargões

Contudo insisto em frisar o óbvio

Maldição! Há fome, mas não tem pão

Já fui mágico, não adivinho

Hoje sou monstro, antes era mendigo

Resta-me cumprir o prometido

Esconder-me atrás de máscaras

Todos sabem meu nome

Mas não conhecem meu segredo

Já fui pistoleiro, hoje sou escória

Na confiança escolho meus amigos

Eu era hipnotizador

No momento encanto demônios

Sorvo o cerne das estranhas máquinas

(março/1999)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 28/07/2011
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