Complexo de Frankenstein
Sob raios e trovões
Luzes e sons, em pecaminosa harmonia
Sentado em minha poltrona, existo
Sobre escombros de realeza
e restos de serenidade
monto meu presente atual
Sobra apenas uma lembrança
de que alguma coisa aconteceu
num passado ressentido
Sob as sobras da sobriedade
me vejo em um espelho quebrado
que desfigura minha face nada sobrenatural
“Existo, logo penso”
Na filosofia patética
reflito a inocência da existência fatal
E na solidão que me acorrenta ao vazio desses dias
logo percebo que não preciso de companhia
mas sim de uma alma