Tão vazio
São tantos dos prazeres estes, vendidos sobre o âmago indene
Das tuas veias rubras de vida vazia; cheias de teu vazio doer,
Onde as máscaras tuas te enganam e surrupiam de ti a quine
De magismo que esvaece tua alma antes da vida em ti padecer.
Eis o vazio em cadáveres de prazeres; e tu, como um mendigo.
Estes são os que prometeram adelos dourados para tua cerimônia
E que cremaram junto a ti o teu zelo; a tua amante; o teu abrigo,
Que hoje serve de aposento para o lado vazio da tua íntima sinfonia.
Escutai os garnidos avios de tua alma por sentidos viciados,
Que já, estes, em silêncio, teu funeral de vida selaram,
Antes que atestasse a vida pela morte, os teus pedidos roubados;
Ou mais, onde lamuriais teus desejos; - estes o levaram.
Vede aqueles ávidos, cheios de perguntas nos olhos de vida,
Eivando pela boca a despida vontade de consumir-te o cerne
E debulhar teu sangue com aquela taça de fios de venda;
Estes não entendem o vazio da vontade e da miserável carne.